Critica da Rolling Stone sobre o Unapologetic:

A RihannaNavy foi a atenção na cidade de Nova York na noite de sexta-feira, quando a princesa do pop realizou uma festa de audição para seu próximo álbum, Unapologetic. Fãs frenéticos e a imprensa em massa compareceram ao 40/40 Club, aonde os maiores sucessos da carreira de Ri tocavam nos alto-falantes e seu vídeo mais recente, "Diamonds", em loop infinito em telas de plasma. "Vamos começar!" o DJ gritou, presumivelmente inconsciente, para que os convidados deixarem seus telefones na portaria para evitar vazamentos. Em vez disso, os hóspedes trouxeram alimentos enlatados, produtos de higiene pessoal e outros suprimentos para as vítimas do furacão Sandy em troca de uma prévia do álbum antes que ele chegue às lojas no dia 19 de novembro.

A audição começou com "Phresh Off The Runway," em que Rihanna canta rap copioso sobre um instrumental frenético mid-tempo. Ela flerta com estilos hip-hop, em grande parte do primeiro ato, puxando o ritmo infame, falsetes e samples vocais que falam abertamente sobre o ponto de vista de Rihanna sobre drogas e obcessão por clubes e a vida noturna. A influência dos trapsters contemporâneos ASAP Rocky e Juicy J é particularmente evidente em faixas como "Pour It Up," um novo arranjo do instrumental de "Bandz Make Her Dance" em que Rihanna fala sobre com o clube de strip-pretensioso: "Tudo o que vejo é sinais, tudo o que vejo é cifrões," e para os inimigos: "Eu ainda tenho mais dinheiro."

Alguns amigos participam da festa também. Eminem cospe alguns versos vertiginosos sobre o down-tempo "Numb", e Future continua sua transição brilhante de rei do clube ao crooner autotunado "Loveeeee Song". "Não quero dar-lhe a impressão errada, preciso de amor e carinho," canta com Rihanna sobre um ritmo de hip-hop baseado nos anos 40 que pode ser a melhor faixa do álbum. David Guetta ataca com "Right Now" junto com dubstep warbling que empolgou as pessoas participantes da festa e em um ponto de Rihanna, em Jump, interpola no meio da canção a palavra "Pônei" com resultados nada hilários, porém com um sucesso. 

Mas, naturalmente, o que chamou mais a atenção das pessoas foi o dueto de Rihanna com Chris Brown, "Nobodies Business" - a multidão de fãs irrompeu em aplausos a menção do título da faixa pelo DJ. "Você sempre será meu menino, eu sempre vou ser sua garota," Rihanna canta sobre um funk de two-step amigável. "E não é da conta de ninguém, só minha e de meu bebê." Chris retorna com palavras tão doces: "seu amor é contagiante, vamos levá-lo para fora neste Lexus". Os dois, na música, pelo menos, aparecem rígidos em suas maneiras, impulsionadas por um amor que não busca permissão ou aprovação. À luz de seu relacionamento conturbado, o sentimento pode ser difícil para alguns a suportar, mas é também uma representação extremamente honesta do jovem amor, é o tipo de relação que se sente quando o quão complexo e doloroso é o amor. É muita coincidencia na próxima faixa encontrarmos seu lamento "você tirou os melhores anos da minha vida, mas o que é amor sem tragédia?"

Conflitos pessoais de Rihanna na atenção pública pairam como uma nuvem sobre Unapologetic. Ganchos como "de novo e de novo: vamos, agora, me diga como você sabe?" e "eu não sei onde ir, não sei como me sentir" ilustram uma jovem confusa e no limbo, firmes em suas opiniões, mas que convida o mundo para assistir sua tragédia pessoal. Em "Mother Mary" ela desabafa, "eu sou do lado esquerdo de uma ilha, nunca tinha imaginado que muitas pessoas saberiam o meu nome." 

Quando o DJ começou o álbum pela segunda vez, Rihanna fez uma aparição surpresa entre os enxames de fãs e os flashes das câmeras, mas não abordou a multidão ou ficaram juntos por muito tempo. Seus devotos não pediram qualquer explicação – a música claramente disse tudo que precisavam ouvir.

(Fonte: Rolling Stone)

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